Logomarca do Grupo LEAD em branco e preto

Grupo Lead promove pesquisas sobre acessibilidade desde o ano 2000

 06/06/2015  Deficiência VisualNotícias  0

O 19o FAM ocorre de 19 a 26 de junho deste ano, em Santa Catarina
Quem acessou por esses dias o site do MinC (Ministério da Cultura) pôde ler a notícia do desenvolvimento de um Guia para Produção Audiovisual Acessível para o Brasil (http://goo.gl/k5lwrO). O documento está sendo elaborado por uma comissão composta por professores universitários, legendistas, tradutores intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescritores. Entre esses especialistas convocados pelo Governo Federal estão membros do LEAD (Grupo Legendagem e Audiodescrição), da UECE (Universidade Estadual do Ceará), com destaque para a Professora Vera Lúcia Santiago Araújo.
O grupo LEAD nasceu em 2000, embora com outro nome, como um grupo de pesquisa de alunos da UECE sobre Tradução e Semiótica. Em 2008, resolveu-se adotar o nome que permaneceria. Hoje, envolve cerca de 20 pesquisadores entre graduandos, bolsistas, mestrandos e doutorandos. Algumas pesquisas se destacaram nesse período. Entre elas, o estudo da recepção de LSE (Legendas para Surdos e Ensurdecidos) da Globo. Por volta de 2007, propôs-se um modelo de legendagem, por meio da parceria com o CAS (Centro de Atendimento) ao SUS, que trabalhou com 34 pessoas com deficiência auditiva. Mais adiante, focou-se na segmentação das legendas e, ultimamente, nas pesquisas com rastreador ocular.
Com relação à Audiodescrição (AD), destaca-se o projeto de cooperação com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Atualmente, no Ceará, se trabalha com AD de obras de arte, de jogos de futebol e de desfile de samba. Também têm impacto positivo na sociedade as ações de formação em LSE e AD. Nesse sentido, por exemplo, em 2009, houve participação no Cine Ceará, e, em 2005 e 2008, em eventos do Centro Cultural do BNB (Banco do Nordeste). Houve a produção de três DVDs acessíveis (com audionavegação, LSE, janela de libras e etiqueta em braille), por meio de um edital do BNB. Outra parceria fundamental foi com a pesquisadora Eliane Franco da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Atualmente, em conjunto com a UnB (Universidade de Brasília), está-se elaborando um guia orientador do Ministério da Cultura para acessibilidade dos projetos audiovisuais. A ideia é de que filmes, minisséries e documentários passem a ter LSE, AD e janela de libra. O documento poderia já ser apresentado no 19o FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul), a ser realizado de 19 a 26 de junho. No evento, está prevista uma mesa sobre acessibilidade em que será exibido de forma acessível o filme Hoje eu quero voltar sozinho.
O LEAD também está com outros projetos como o lançamento de dois Cursos de Especialização em LSE e AD, além de cursos preparatórios para essas especializações. Os cursos serão divulgados quando da proximidade do período de inscrição.

Comentários